segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

INTRODUÇÃO E BREVE HISTÓRIOCO

Não se sabe em que ano da terra surgiu o fogo. Será que o homem da caverna, o homem primitivo quando atritava uma pedra sobre outra, com o fim talvez de transforma-lhe em instrumento de corte, fez gerar calor e, a folha seca de árvore ali existente entrou em combustão e formou chamas? Isso é uma hipótese. O que se ode afirmar é que: se o primeiro fogo foi provocado pelo homem, pelo seu estado primitivo, houve uma casualidade, mas não se sabe em que condições e em que data surgiu o fogo.

Idêntica pergunta se faria com respeito à embarcação. Quando surgiu a primeira embarcação? Talvez quando o homem lançou o primeiro toro de madeira que flutuou, tendo em seguida o homem se deslocado sobre esse toro de madeira.

O fogo, para o homem primitivo, tratava-se de uma força misteriosa indomável, uma entidade mitológica, um deus. Depois foi usado para aquecer sua caverna, afugentar os animais ferozes e cozinhar seu alimento. O fogo, a combustão, tal como antes, continuam sendo uma necessidade, por exemplo: o fogo da caldeira das indústrias, a combustão que se processa nos motores, etc.

O fogo, quando foge ao controle do homem, transforma-se num agente de grande poder de destruição, sendo então chamado de incêndio.

Quando irrompeu-se o primeiro incêndio? Talvez quando ocorreu a primeira formação de chamas, pois, tendo sido o seu surgimento uma casualidade e, como tratava-se de algo misterioso, o homem sentiu medo e perdeu o seu controle.

A própria história da química começou com o fogo, pois procurando explicar a origem da matéria, Anaxímenes (585-528 a.C.), filósofo grego, admitiu que o princípio constitutivo de tudo era o ar, mas para Heráclito (544-480 a.C.), filósofo grego, o princípio de tudo era o fogo. Depois, Empédocles (492-432 a.C.), filósofo grego, admitiu que eram 4 os elementos constitutivos da matéria: o ar, o fogo, a terra e a água. Demócrito (460-370 a.C.), filósofo grego, publicou a teoria do atomismo, segundo a qual, a matéria é constituída de partículas elementares e indivisíveis, chamadas átomos, tendo assim sido rejeitada a teoria dos 4 elementos. Aristóteles (384-322 a.C.), filósofo grego, restabeleceu a teoria de Empédocles e acrescentou dois princípios fundamentais: a matéria-prima (a mesma para todos os corpos) e a forma substancial (variável).

Para explicar o fenômeno da combustão, em 1720, Georg Ernest Stahl (1660-1734), físico e químico alemão, estabeleceu a teoria do FLOGISTO: toda substância combustível é constituída de dois elementos: o flogisto que na combustão se desprende com produção de luz e calor e o incombustível que é o resíduo da combustão.

Em 1777, Lavoisier (1743-1794), químico francês, derrubou a teoria do FLOGISTO e mostrou que a combustão é uma reação de combinação de uma substância com o oxigênio. Modernamente, define-se combustão como sendo uma reação rápida de oxidação entre uma substância qualquer e o oxigênio, acompanhada de liberação de calor e, muitas vezes, de emissão de luz.

No princípio, a única fonte calorífica era o sol (natural). Depois o homem atritou dois sólidos e produziu calor (física). Em seguida, uma outra fonte calorífica, agora de natureza química, fornece calor – a combustão em geral. Nos dias atuais, a energia elétrica é uma fonte calorífica de natureza física.

1. O QUE É FOGO?

Desde os primórdios, a humanidade vem utilizando o fogo para diversos fins, sendo este um dos principais responsáveis pela sua sobrevivência e pelo seu progresso. Porém, algumas vezes o fogo foge ao controle do homem, provocando inúmeros desastres que, por vezes, só cessam quando consumido todo o material que o alimenta.

Por esta razão, vários estudiosos, através dos tempos, resolveram analisar profundamente o fogo, procurando identificar as suas causas, a sua composição e o seu comportamento, possibilitando, assim, o estabelecimento de procedimentos racionais para combatê-lo de maneira eficaz e segura.

1.1 Combustão, Fogo e Incêndio

1.1.1 Combustão É um processo químico de oxidação, no qual o material combustível se combina com o oxigênio em condições favoráveis (calor), produzindo luz e calor.

1.1.2 Fogo é o resultado de uma reação química de combustão entre o combustível e o comburente (oxigênio, normalmente proveniente do ar atmosférico e, necessitando ainda de uma energia de ativação (calor) para que ocorra o fenômeno químico da combustão, despreendendo energia luminosa e energia térmica.

1.1.3 Incêndio É um acidente provocado pelo fogo, o qual, além de atingir temperaturas bastante elevadas, apresenta alta capacidade de se conduzir, fugindo ao controle do ser humano. Nesta situação se faz necessária a utilização de meios específicos a sua extinção.


2. ANALOGIAS GEOMÉTRICAS

De uma maneira simplificada, podemos associar o fogo à figura geométrica de um triângulo eqüilátero, cujos lados, de igual tamanho entre si, atribuem aos elementos que o compõem, igual importância à produção ou manutenção do fogo. Neste caso, o fogo só existirá se os três elementos representados na figura ao lado, combustível, comburente e calor, se combinarem em proporções adequadas.


2.1 Triângulo do Fogo

Como o fogo é o resultado de uma reação química, temos reagentes e produtos. Há nas reações químicas uma fase de transição, chamada de Complexo Ativado, na qual ocorrem colisões entre radicais, espécies reagentes, que ao se combinarem, dão os produtos. Para obtenção dos radicais, o sistema reagente terá que absorver energia suficiente para que haja quebra das ligações dos reagentes e a formação, consequentemente, dos radicais. As, reações sucessivas que ocorrem num processo de combustão são devidas às colisões sucessivas entre os radicais combustíveis com o oxigênio, formando os produtos da combustão, havendo liberação de calor que toma o processo de combustão auto-suficiente

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